20 de janeiro de 2009
Único fungo bioluminescente da Amazônia ocorre ao longo da rodovia BR-319
Panorama do conhecimento atual sobre evolução e diversidade
Em 2008, Dennis Desjardin e colaboradores publicaram uma revisão sobre fungos bioluminescentes, atualizando e expandindo o trabalho de Wassink de 1978 (Luminescence in fungi), que se referia principalmente a espécies asiáticas. Segundo Dennis e os demais autores, são conhecidas 64 espécies de fungos bioluminescentes no planeta, mas só uma na Amazônia (Mycena lacrimans). Isso não se deve ao fato de existir apenas uma espécie, mas porque o conhecimento sobre a diversidade de fungos é muito incipiente na região amazônica. Caboclos e ribeirinhos, acostumados a andar na floresta de noite, já repararam que muitas vezes o chão brilha. O que eles não sabem é que estas espécies relativamente comuns não estão descritas e, portanto, são desconhecidas para a ciência. Nesses 30 anos, a maior parte das novas descobertas de bioluminescência referidas por Desjardin e colaboradores, são referentes ao Brasil, principalmente para a região Sudeste. O Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira (PETAR, SP) é o local com o maior número de espécies de fungos bioluminescentes simpátricas do mundo, no total são 8 espécies conhecidas. A história começou com o biólogo João de Godoy que descobriu que alguns desses fungos eram conhecidos por moradores do parque em uma enorme jabuticabeira. Ele convidou Cassius Stevani (IQ-USP), especialista em bioluminescência, que posteriormente envolveu os micólogos Dennis Desjardin (SFSU, EUA) e Marina Capelari (IBt-SP).
...enviado por ::
Saci
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11 comentários:
Fantástico post!
No KM 34 da ZF2, Reserva do Cuieiras, também conhecido como "Motor de Linha" ou acampamento do LBA, em certas ocasiões dá para se observar bioluminescência a poucos metros do acampamento. Digo, a poucos metros da estrada em direção a torre.
Carlos, você sabe dizer se a bioluminescência ocorre no micélio ou no cogumelo? Se for no micélio, apenas o substrato (folhas, gravetos) emitem luz. O micélio bioluminescente é mais comum de ser observado na floresta. Mas é muito difícil saber qual espécie é com base apenas no micélio, pois o micélio não é morfologicamente diferente para cada espécie. O ideal é coletar o cogumelo se for possível encontrá-lo. Devem existir outras espécies na Amazônia e se mais pessoas ajudarem, a chance de descobrir novas espécies vai ser muito maior! Abração, Saci
Pessoal, eu sempre fui fascinada por esta historia de cogumelo bioluminescente. Eu ja vi o cogumelo inteiro, como está nas fotos, brilhando dentro do toco de uma arvore la na Reserva do Km 41 do PDBFF - Distrito Agropecuario da Suframa, norte de Manaus. É lindo. E é diferente do tapete de estrelas que às vezes ilumina todo o chao da floresta, com as folhas secas brilhando intensamente nas noites mais escuras.
Rita, qual era o tamanho desse cogumelo do km 41? A espécie Mycena lacrimans é bem pequenininha, frágil e cresce sobre a serrapilheira... se esse que você falou for grandão e estiver sobre o tronco, com certeza é outra espécie! Seria muito lembrar mais ou menos quando você viu o danado? Beijo, Saci
Olá,gostaria de saber se estes fungos só foram encontrados na região norte ou alguem sabe da ocorrencia de fungos bioluminescentes na região sul também.
obrigada desde já galera =D
Gostei muito da matéria! Frequento muito uma atividade religiosa chamada Vigília. Nela, realizamos orações no meio da mata e sempre vemos o fenômeno.
Marcos Paulo Blasques Bueno
Cineasta, Maestro e Compositor
No estado de SP se ve muito gravetos e folhas em decomposição brilharem, e isso é comumente inclusive confundido com alguma tipo de manifestação espiritual.
bioluminescência é um fator fantástico que impreciona as pessoas pelo efeito luminoso.
bioluminescência é um fator fantástico que impreciona as pessoas pelo efeito luminoso.
Na região de ribeirão preto interior de SP, mata atlântica já vi muito.isso, desde.crianca principalmente. Em época de chuvas e humidade,. Galhos, gravetos, troncos, folhas, ficam fluorescente esverdeado, sempre galhos e folhas que já caíram e quando estão próximas do calor do corpo humano, não sei por que mas é assim
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