13 de novembro de 2008

CRIA: Rede speciesLink ganha novas ferramentas geográficas online

O Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) acaba de lançar novos aplicativos na Rede speciesLink, um sistema de informação que integra dados primários de coleções científicas do Brasil, incluindo animais, plantas, microorganismos e fungos macroscópicos. Confira.

1. Georeferenciamento automático por Município

O primeiro aplicativo diz respeito ao georeferenciamento automático de
registros de coletas realizadas no Brasil. Os registros de ocorrência de
espécies sem coordenadas geográficas, mas que possuem dados de município
agora são automaticamente georeferenciadas
. Para tanto, foi desenvolvida
uma ferramenta que adiciona três novos campos ao resultado da busca:
"Long munic - Lat munic - Erro max (mt)". Os valores das coordenadas
geográficas do município são obtidos da
base de municípios do IBGE. O erro máximo é calculado como sendo a distância entre o ponto e a fronteira mais distante do município.

Os dados originais das coleções não foram alterados. Foram adicionadas 3
novas colunas ao banco de dados centralizado: Long munic, Lat munic, e
Erro Max (mt).

Como resultado da busca, o sistema agora apresenta o número total de
registros, o total de registros georeferenciados na origem (ou seja,
registros com coordenadas geográficas registradas pela coleção) e o
total de registros georeferenciados pela ferramenta desenvolvida pelo
CRIA. Esses dados são apresentados por coleção e são totalizados. Podem
ser recuperados como html, planilha, xml ou visualizados em uma base
cartográfica. Acesse o site e
mande seus comentários e sugestões.

É também possível "filtrar" dados e dessa forma só recuperar os dados
com as coordenadas originais ou só os dados com georeferenciamento
automático por município (ou ambos).

No caso de registros que tiveram suas coordenadas geográficas bloqueadas
na origem, não é realizado o georeferenciamento automático, respeitando
a decisão do curador quanto à necessidade de proteger essa informação em
relação aquele registro específico.

2. Novo mapa disponível via mapCria

Atendendo à demanda de usuários foi adicionada uma nova camada nas
opções de mapas da rede speciesLink: "
bioma". Ativando essa camada o usuário poderá visualizar o contorno dos biomas do Brasil. (Fonte: MMA - Biomas do Brasil, copyright: IBGE, escala: 1:5.000.000).

3. Google maps

Além do serviço de mapas desenvolvido pelo CRIA (mapCria), o resultado
da busca agora apresenta uma nova opção para o usuário: a visualização
dos pontos de coleta no Google
. Além das camadas disponíveis (mapa,
satélite e híbrido), um aplicativo interessante é a possibilidade de
"clicar" no ponto de ocorrência da espécie procurada e visualizar dados
mínimos como coleção de origem, nome científico da espécie, coletor,
data da coleta e um link
para a ficha do espécime disponível na rede
speciesLink.

Esses desenvolvimentos foram realizados graças ao apoio da
JRS
Biodiversity Foundation
.

Como sempre colocamo-nos à disposição para receber críticas e sugestões.

Dora Ann Lange Canhos
Diretora
Centro de Referência em Informação Ambiental

Um comentário:

Saci disse...

No mês passado lançamos a ferramenta de georeferenciamento automático
para os registros do Brasil que não têm coordenadas geográficas, mas têm
o nome do município, tendo como base a coordenada do ponto da sede
municipal adotada pelo IBGE.

Estamos agora marcando registros "suspeitos" no resultado da busca (veja
http://splink.cria.org.br/centralized_search?&setlang=pt). Registros
"suspeitos" são aqueles cuja coordenada geográfica associada aos dados
de país, estado e/ou município não é consistente com as informações da
base do IBGE. São dados cujo ponto de ocorrência não cai no espaço
geográfico registrado pela coleção. O sistema não analisa se a espécie é
terrestre ou aquática. Se um registro tem como país "Brasil" e o ponto
cair dentro do mar territorial brasileiro ele não será um registro
suspeito independentemente da espécie, pois em termos geográficos, não
há inconsistência. Ao mesmo tempo, dados históricos com dados municipais
não atualizados podem ser classificados como "suspeitos" apesar da
coordenada geográfica eventualmente estar correta.

Agora, ao selecionar as opções para filtrar dados, se o usuário selecionar:

* *Georeferenciamento original*, ele estará selecionando somente os
registros com coordenadas geográficas registradas pelo provedor de
dados;
* *Georefereciamento automático por município*, ele estará
selecionando somente os registros com coordenadas geográficas
calculadas por um aplicativo com base nos dados do município
adotado pelo IBGE;
* *Registros suspeitos*, ele estará selecionando somente os
registros com inconsistência geográfica, ou seja, os dados de
localidade não são consistentes com as coordenadas geográficas
registradas pelo provedor de dados;
* *Registros não suspeitos*, ele estará selecionando somente os
registros onde não há inconsistência entre os dados de localidade
e as coordenadas geográficas.

Na visualização dos dados como tabelas (html ou Excel), o sistema agora
apresenta 2 conjuntos para coordenadas geográficas:
*Longitude/Latitude/Precisão da coordenada* e *Long munic/Lat munic/Erro
max(mt)*. O primeiro conjunto se refere aos dados registrados nas
coleções, enquanto os valores "munic" são coordenadas atribuídas pela
ferramenta com base no banco de dados de município do IBGE.

Na visualização dos dados como arquivo html, os registros suspeitos
apresentam um ícone de uma bandeira para alertar o usuário. Como arquivo
Excel, o sistema apresenta mais uma coluna denominada "geo suspeito" com
valores iguais a "0" (zero) ou "1" (um), onde um representa o registro
suspeito.

Esse desenvolvimento foi financiado pela JRS Biodiversity Foundation
(http://www.jrsbdf.org).

Como sempre, críticas ou suggestões são bem-vindas.

--
Dora Ann Lange Canhos
Diretora
Centro de Referência em Informação Ambiental
URL: www.cria.org.br