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5 comentários:
Grande Saci,
Parabéns pelo espaço, está muito legal!
Vejo como favorável a iniciativa do PNUMA. Porém acho que não devemos ter essa visão científica de que eles estão querendo relacionar estoques de carbono e biodiversidade. Eles não querem relacionar nada, somos nós é que gostamos dessas coisas... O objetivo deles foi simplestmente plotar as duas informações juntas em um mapa, para que os planejadores possam se embasar para a tomada de decisões fundamentada nesses dois temas que tão falados na atualidade: carbono e biodiversidade. Grande abraço a todos! Ralph
Ralph! Fico feliz que tenha gostado do espaço, devagar ele vai sendo consolidado... concordo que a iniciativa do PNUMA pode ser favorável, mas para um caboclo desavisado isso pode ser perigoso de fato. Essa tentativa aplicada de relacionar estoques de carbono com a biodiversidade não tem raízes acadêmicas tão sólidas assim. Na Amazônia, as unidades de conservação federais e estaduais, juntamente com as terras indígenas, abrangem alguma representatividade geográfica em termos de biodiversidade e estoques de carbono. Mas isso não significa que tenhamos (enquanto sociedade) conhecimento sobre a biodiversidade de bacia amazônica. Em teoria, teoria e prática são a mesma coisa, mas na prática não. A maioria das unidades de conservação não tem sequer plano de manejo. Essa recomendação do PNUMA deve ser usada com inteligência, pois ela pode endossar a necessidade de aumentar a fixação de pesquisadores na região visando suprimir essa carência. Saci
Sassá, entendo sua preocupação, pois os "decision makers", podem usar o atlas para priorizar as áreas com alta biomassa e diversidade, em detrimento de uma série de ecossistemas com alta diversidade e menor biomassa, como as campinas, campinaranas e outras fitofisionomias de campos e floresta aberta (no caso da Amazônia). Poderia ser criado um vício de conservar áreas com alta biomassa o que acarretaria em uma repetição no padrão dos ecossistemas a serem priorizados para conservação, o que não seria nada interessante considerando o velho pré-requisito da representatividade.
Cabe ressaltar mais uma vez, que a idéia do mapa não é relacionar carbono e biodiversidade, isso seria uma tolice, conforme vc mesmo disse:” não teria raízes acadêmicas”. Seu exemplo no texto das áreas tropicais e temperadas ilustra bem esta questão.
- “These maps illustrate how combining spatial datasets can help to identify areas where the opportunities for carbon and biodiversity benefits coincide.” -
Ao plotar dois planos de informações em um mapa a idéia é, somente, a visualização simultânea, eles não querem relacionar nada. Somos nós, acadêmicos, que temos esse vício das relações, correlações, regressões, etc. Precisamos tomar cuidado com isso também, pois nem sempre nosso treinamento estatístico se faz necessário.
Apesar dos dados de biodiversidade ainda não serem como gostaríamos, se essa informação é a melhor que temos hoje, temos de usá-la, afinal imagine o esforço despendido para chegarmos nesse nível. Essa é a lógica da informação espacial, à medida que ela vai sendo aprimorada, vai sendo também atualizada. Se não usarmos a informação que temos sobre biodiversidade em macroescala a espera de melhorias de amostragem, nunca a usaremos, pois esta informação depende de esforço amostral e está sendo constantemente atualizada. Nesse momento, certamente qualquer um de nós tem algum colega no campo contribuindo para sua atualização, mas ela sempre será de alguma forma deficitária.
Todavia, caberia no documento um tópico de recomendações, esclarecendo a importância de conservar áreas com menor biomassa; e também de considerar as limitações dos dados de biodiversidade, mostrando que não necessariamente eles demonstram a realidade de campo, uma vez que existem deficiências na amostragem, acarretando super e subestimativas. Grande Abraço, Ralph.
Ralph, a verdade é que existe um conjunto muito maior de dados sobre a distribuição da biodiversidade na Amazônia que não foi usado no Atlas do PNUMA. Dentre estes, estão os dados do RADAM (que o Hans ter Steege usou, exemplo 1, exemplo 2) e os que o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) está gerando (http://ppbio.inpa.gov.br/Port/sitioscoleta/) em diversos estados da Amazônia.
Porém, é certo que os dados existentes não são suficientes. Uma estratégia para reduzir essa carência pode ser a INTEGRAÇÃO dos Institutos e Programas de Pesquisa Federais (como o Inpa, o PPBio e o LBA) com Institutos Federais e Estaduais de Planejamento da Conservação (como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade [ICMBio] e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas [SDS-AM]). Isso ajudaria a focar mais nas demandas peculiares de cada unidade de conservação, sem perder de vista a integração dos resultados em escalas maiores.
Creio que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) está se consolidando com êxito crescente, mas é urgentemente necessário implementar e monitorar a maioria das unidades de conservação na região. É preciso integrar as ações na Amazônia para fazer mais em menos tempo, atuando com foco em escalas locais (onde as coisas efetivamente acontecem), mas sem prescindir da integração em escalas maiores, que tem grande importância no contexto das mudanças climáticas, como sugerido pelo Atlas do PNUMA. Grande abraço, Saci
Ola, esse assunto rendeu uma materia no Caderno de Meio Ambiente do Jornal Amazonas em Tempo (14/12/2008). Veja aqui.
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