O nome do parque vem do igarapé que nasce em seu interior. A área compreende uma vasta superfície praticamente plana, com predomínio de solos arenosos e mal drenados, com grande quantidade de lagoas. Na parte norte existe alguns morros com altitudes modestas, de aproximadamente 300 m. Ao longo da extensão oeste, delimitada pelo Rio Branco, há ocorrência de planícies inundáveis, situação observada também na porção sul, ao longo do Rio Anauá. O clima é quente e úmido na maior parte do ano, mas apresenta uma estação seca entre os meses de setembro a março.
A área do parque abriga espécies características de ambientes alagados, como palmeiras buriti, açaí, jauari e outras como a bacaba e o inajá que ocorrem em áreas de igapó. A fauna apresenta espécies migratórias de aves como o tuiuiú (chamado de passarão no estado de Roraima) e a águia pescadora, aves de ambientes encharcados como a garça-branca e a jaçanã, além de espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, a suçuarana e a anta.
Infra-estrutura para turismo ecológico
O Parque Nacional do Viruá conta com dois alojamentos, com capacidade para 30 pessoas instaladas confortavelmente, cozinha equipada, água encanada e energia elétrica proveniente de gerador. O acesso é feito por via fluvial, pelo Rio Branco, e por via terrestre, pela Rodovia BR-174, a 60 km ao Sul de Caracaraí, denominada de Estrada Perdida. O acesso ao Parque é muito fácil, mesmo para quem não tem carro. Para quem sai de Manaus, é só comprar uma passagem de ônibus para Caracaraí e descer na Vila Petrolina. A estrada de terra que dá acesso ao parque é transitável em qualquer época e fica a menos de 10 km da vila.
A melhor época para visitar o parque é durante o período menos chuvoso (abril a agosto) quando as áreas de vegetação aberta ficam mais secas, o que facilita o deslocamento. Como em qualquer Unidade de Conservação a natureza é quem manda, então para aqueles que têm alergias a picadas de insetos e carrapatos é bom levar os medicamentos e estar com as vacinas obrigatórias (febre amarela e tétano) em dia.
Infra-estrutura de pesquisa no Parque
O PN do Viruá abriga um dos sítios permanentes de pesquisas do Programa de Pesquisa em Biodiversidade – PPBio/MCT. O sítio de pesquisa é composto por um sistema de trilhas e acampamento de campo que facilitam o acesso e minimizam os custos de pesquisas ecológicas.
No centro da grade de coleta existe um acampamento de apoio, com capacidade para 15 pessoas, equipado com fogareiro a gás, botija, utensílios completos para cozinha, chuveiro e bomba de água movida a gasolina. O telhado do acampamento funciona como um grande funil que direciona a água da chuva para 3 caixas d’água. A bomba a gasolina só é acionada quando a água da chuva não é suficiente.
Integração com a Comunidade do entorno
Assista ao vídeo sobre o PPBio no PN do Viruá
O vídeo abaixo mostra uma pequena parte das pesquisas desenvolvidas no parque. Além de plantas (árvores e ervas), cobras, lagartos e sapos mostrados aqui, muitos outros grupos biológicos já foram estudados, como peixes, formigas, ácaros, vespas, abelhas, macacos, grandes mamíferos e aves.
- Antonio Lisboa - lisboa.ibama@gmail.com
- Beatriz Ribeiro Lisboa - belisboa@gmail.com
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